segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Comentando o 3º encontro Pachamama

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4 comentários:

  1. “Este ano será ruim, sim. Será [mais] um ano de fome.”

    Mas Deus ouviu o clamor de seu povo e se comprometeu com sua libertação. Abraão optou pela vida de seu filho, Moisés se dedicou à libertação dos povos, assumindo o “Eu sou quem sou”. Deus se revelou quando seu povo era escravizado e se fez presente na luta. E se fez uma Aliança. A pobreza do povo era ausencia de vida.
    E Deus fez a promessa “para uma terra fértil e espaçosa, uma terra que mana leite e mel” onde não haja um proprietário, porque a terra é de todos. E tudo isso se fez em suas ações politicas. Em suas ações, porque “Quem espera na pura esperança, vive um tempo de espera qualquer.” E o Projeto de Deus não vai acontecer no céu. Ele é pra agora.
    E o povo tentou construir o Projeto de Deus , “onde homem e natureza viveriam de forma plena” (...) Mas a Aliança se quebrou. E os profetas começaram a anunciar e questionar, que eles estavam esquecendo o primeiro amor. “Porque nossos filhos morrem de fome, porque nossas mulheres têm os peitos secos, sem uma gota de leite para alimentá-los. Porque os joelhos de nossos homens tremem depois de sete dias sem comer. Por isso gritamos. "Gritamos dia e noite até que a justiça seja feita.” E Jesus, que viveu em Nazaré, na periferia. Jovem, peão e negro, não veio para anunciar a si mesmo, mas para anunciar o projeto do Reino de Deus. E viveu por isso uma série de conflitos, conflitos com si mesmo, quando se deparou com o povo querendo milagres, conflitos com os outros, quando estes não gostavam de sua ação pratica. E ele se reuniu com um grupo de trabalhadores, cobradores de impostos. Esteve ao lado das mulheres. Ele não ficou sozinho. Conversou com outros grupos. Jesus fez uma aposta, a de que o Reino de Deus iria acontecer, e ele apostou todas as fichas. (E se fodeu) Sua ação politica e religiosa iam contra o sitema politico e economico. E ele morreu da pior forma que poderia morrer naquela epoca. E na cruz ele teve medo.
    [Mas] Depois da morte de Jesus, seus discípulos quiseram continuar o seu projeto, e todos foram assassinados.
    Depois da morte de Jesus, as comunidades cristãs se espalharam por todo o Império Romano, escolheram por seguir o crucificado.
    Depois que Jesus morreu, as comunidades assumiram como prática cotidiana, a partilha do pão. Em memória dele.
    Depois que Jesus morreu dois mil anos após sua morte, as comunidades eclesiais de base, começaram a fazer o mesmo que as antigas comunidades.

    (...)

    ”Que tempos são esses, em que falar de árvores é quase um crime pois implica silenciar sobre tantas barbaridades?
    A luta está aí. O Projeto de Deus está aí. A opção é só minha. Mas eu não estou sozinha. Afinal “se você é capaz de indignar-se a cada vez que uma injustiça é cometida no mundo, então somos companheiros.” E há uma marca. “Sinal da aliança com a causa indigena, com as causas populares, quem carrega esta marca normalmente significa que assumiu estas causas e as suas consequencias.”. “Nós ainda participamos de espaços que geram vida, pela memoria daqueles que cairam, e pela esperança”. E as coisas, elas aconteçam em um processo. Paciência. Até quando?.

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  2. "Jesus: Sim. Eu também ponho a mão neste arado e já não volto a olhar para trás. Mão com mão, companheiros! (Um Tal Jesus)

    Acredito que a temática desenvolvida neste 3° encontro permeia a vida pela qual optamos, ou que alguns de nós talvez esteja a descobrir. - Que não é a minha, mas dos nossos irmãos.

    Confrontar a TL com os grandes paradigmas comumente impostos, confrontar ou mesmo passar a perceber a ação política de Jesus de Nazaré, o Moreno, é abrir os olhos a não nova, mas uma FÉ que realmente nos faça caminhar, e nos faça esperançar.

    O 3° encontro parece ter conquistado um espaço crucial, onde pudemos nos encontrar conosco, com Deus, e assim, com nosso compromisso. Saímos do aconchego das idéias para visitarmos um contexto histórico de libertação que ainda clama nos dias de hoje, pudemos nos encontrar com nossos mártires, para nos defrontarmos com nossos medos e compreender, que não se espera a morte, mas a vida, agora, fazendo nossas apostas.

    Talvez não para todos seja fácil compreender este Jesus, e talvez não todos ainda comunguem desse compromisso social-político, mas uma vez assumido, é preciso rememorá-lo todos os dias, e saber que precisamos dar nossos passos. A marca é importante, é extremamente forte, parece pulsar, mas é preciso fazer.

    Que ir até Jarinu ou nos encontramos fisicamente não simbolize mais subir a montanha, mas expandir nossa caminhada.

    “Eu vim para que todos tenham vida. E a tenham em abundancia.”

    Somos classe, somos povo.

    Elaine.

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  3. Galera, quero partilhar que este 3º encontro representou um verdadeiro marco na minha vida, em todos os sentidos! Nunca estive tão certa da minha vontade de abraçar esse projeto de Deus como meu projeto de vida e, principalmente, nunca tive tamanha coragem de caminhar! O medo existe, assim como os desafios são certos e esperados, mas ele já não é mais grande o suficiente para me barrar!

    Estou muito feliz com toda essa inquietação que tem feito parte dos meus dias desde que deixamos Jarinu!

    #mãocommão

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O Projeto "Eu Sou + 7 x7" é um curso de formação de lideranças jovens, historicamente voltado para dar suporte ao trabalho da Pastoral da Juventude. Este curso é oferecido pelo IPJ às coordenadoras/es e animadores/as do trabalho pastoral e social. O número é 50 (cinquenta jovens lideranças) e o tempo é 7 (sete encontros bimestrais) num ciclo de um ano que abordam temas ligados à Formação Integral. Este projeto teve início na PJ da diocese de São Miguel Paulista no ano de 1997 onde aconteceram suas três primeiras edições (Jubileu, Pentecostes e Kairós). Em 2007 o IPJ retomou tal proposta de formação, reformulou a estrutura do projeto, ampliou sua região de abrangência e firmou parceria com a DKA da Áustria. O IPJ já realizou duas edições do projeto (Ruah e Êxodos)e, atualmente, desenvolve mais uma com o Grupo Pachamama. Esta sexta edição do Projeto "Eu Sou+7x7" não envolve apenas jovens da Pastoral da Juventude, mas também de movimento cultural, ecológico e de diferentes denominações religiosas.